Os distúrbios do sono são a segunda maior causa de acidentes de trânsito no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), 42% das ocorrências são ocasionadas por noites mal dormidas. O cansaço pode ser responsável por 30% das mortes e 20% desse tipo de ocorrências, de acordo com a Associação Brasileira de Sono. “O sono de má qualidade prejudica o desempenho do corpo e da mente, e lentifica os movimentos corporais. Nesse caso, dirigir se torna perigoso, pois não há reflexo suficiente para frear o carro ou reagir a um acidente rapidamente”, explica a médica Anna Helena Cobra. Ela afirma que os distúrbios do sono interferem diretamente no nível de concentração e um motorista distraído e disperso pode ter problemas para enxergar o farol vermelho, ver uma placa de contramão ou de conversão proibida, ou conseguir manter a sua faixa, por exemplo. De acordo com especialistas, o ideal é que as pessoas durmam de seis a oito horas diariamente. Contudo, a rotina e a própria estrutura emocional do indivíduo podem ocasionar o estresse e a ansiedade, situações que prejudicam a qualidade do sono. Sob esses estados, é liberada no organismo a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para uma ação ou reação, o que coloca o ser humano em alerta para fazer o que for necessário.
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