A juíza Thaís Khalil, da 2ª Vara Cível de Rio Branco,
afirmou que ainda não há certeza sobre a legalidade do negócio praticado pela
Telexfree. No dia 19 de junho de 2013 ela determinou o bloqueio das atividades
da empresa por entender que havia fortes indícios de pirâmide financeira, o que
é proibido no Brasil. “Nós ainda estamos estudando o modelo de negócios.
Realmente não há a certeza nem em um sentido nem em outro”, disse em entrevista
ao iG. Ela diz que a incerteza após um ano de investigações gerou inconformismo
nos participantes do negócio, que fizeram diversas reclamações ao Conselho
Nacional de Justiça. Para a magistrada, a insatisfação também aconteceu porque
ninguém chegou a ter prejuízos. “Se esse modelo for de uma pirâmide, a pirâmide
ainda estava crescendo, não estava quebrada, então ninguém havia sofrido um
prejuízo. Então, ninguém tinha razões para desejar que aquela atividade fosse
paralisada”, explica. Segundo ela, isso fez com que as pessoas sentissem que o
Ministério Público trouxe prejuízo e não um favor. Mas Khalil garante que,
mesmo que o processo não seja julgado há um ano, ele tramita com celeridade. De
acordo com ela, ação cautelar que bloqueou as atividades chegou a 100 mil
páginas. Somente a ação civil pública que pede a extinção da empresa tem 10 mil
páginas.
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