A Fifa pode suspender a venda de bebidas alcoólicas nos
estádios da Copa do Mundo se considerar que um jogo do Mundial estiver sob
risco por conta da rivalidade entre torcidas. Um dos maiores desafios da Copa
tem sido a violência entre torcedores, principalmente entre grupos rivais
sul-americanos. Para a Copa do Mundo, as leis brasileiras que proíbem a venda
de bebidas nos estádios foram modificadas por conta de uma exigência da Fifa
para atender um de seus maiores patrocinadores, a Budweiser. Mas as leis
estipulam que, em caso de uma ameaça para a segurança, a venda pode ser
suspensa. "Existe essa possibilidade", confirmou Delia Fischer,
porta-voz da Fifa. "A segurança é sempre a prioridade", insistiu. Por
enquanto, porém, a suspensão não tem sido considerada para os próximos jogos.
Mas fontes internas da segurança na Fifa e no próprio governo brasileiro
admitem que, se a rivalidade for intensificada e as brigas aumentarem, o medida
deve ser acionada. O jogo entre a Argentina e Irã hoje em Porto Alegre é
considerado como um "teste" para o resto da Copa do Mundo. Isso
porque a cidade foi invadida pela torcida estrangeira e ainda conta com muitos
brasileiros. "Esse será um teste importante para os próximos jogos",
declarou Saint-Claire Milesi, porta-voz do Comitê Organizador Local. A previsão
é de que o reforço de seguranças privados e de policiais passem a ser uma
constante em todas as partidas, principalmente naqueles que colocam times
sul-americanos cara à cara. Para o jogo entre Brasil e Chile no Mineirão, no
sábado, pelas oitavas de final, a previsão é de um "importante
aumento" no número de vigias privados dentro do estádio, além de policiais
atuando dentro da arena. O mesmo deve ocorrer com o jogo Colômbia x Uruguai, no
Maracanã.
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