Foi lançado nesta quarta-feira, 25, por
meio de decreto presidencial, o Programa Nacional de Plataformas do
Conhecimento, que terá o objetivo de promover interlocução entre governo,
universidades, centros de pesquisa e setor privado para aumentar a participação
dos investimentos em pesquisa no Brasil. O programa, que será comandado pelo
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, vai focar em áreas consideradas
estratégicas, com prioridade para três setores: agricultura, saúde e energia. A
assinatura do decreto foi no Palácio do Planalto. De acordo com o ministro
de Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina, para que uma plataforma seja criada
é necessário o cumprimento de etapas. Depois da definição de áreas prioritárias,
é lançado um edital público para que consórcios envolvendo empresas e área
acadêmica demonstrem interesse. No edital, estarão presentes uma agência de
fomento e uma agência de financiamento, como o CNPQ e o BNDES. Somente após
avaliação e seleção, as plataformas serão criadas. "No caso da
dengue, por exemplo, já existe muita pesquisa avançada, mas não existe conexão
entre pesquisa e base empresarial", explicou o ministro, destacando o
objetivo do projeto. Segundo ele, podem ser destinados R$ 2 bilhões por ano
para as plataformas, mas o custo de cada uma é variável. "Alguns setores
já estão mais maduros, como o da aeronáutica. Já tem uma grande empresa, a
Embraer, e um grande centro de pesquisa. É mais fácil (desenvolver a
plataforma)", disse. A meta do governo é criar 20 plataformas em 10
anos. A primeira só deve ser criada em 2015, já no próximo governo. "Essas
questões são estruturais, não partidárias. Os empresários estão envolvidos, o
meio acadêmico está envolvido", respondeu ao ser questionado sobre a
incerteza que isso poderia gerar no programa. "Espero que ainda este ano,
a gente lance os primeiros editais", completou o ministro.
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